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não tem audio.
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filha da puta. Essas notificaçao bem na hora que você
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o terror na escola cara. Sei de nada não. De novo por favor. ‘e agua ‘e bom.
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bom, meu nome ‘e angel eu me considero ai um operario da industria do audiovisual e me deformei jornalista em uma outra vida ai que eu tive mais quando a gente formou assim na já na nessa
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faculdade a gente viu um montao de gente trabalhando de maneira tao tosca que a gente resolveu trabalhar tosco pela gente mesmo formamos um grupo la de uma produtora que tinha intençao de mudar o mundo ne, fazer uma comunicaçao sem massas com uma informaçao de melhor qualidade que a televisao oferecia pra gente. Mas a gente acabou virando institucional e não virou nada disso exceto por uns videoclipes que foram bem significativos por exemplo o rap do trem e com essa
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bagagem ai quando eu mudo pra brasilia tive contato pela primeira vez com a galera do centro de midia independente que eu já tinha conhecido já de passagem mas nunca tinha me envolvido e ai a gente pasa a militar nessa em conjunto ne porque ate então tinha feito varias coisas muito sozinhas e seja com video, seja no lance do moviemento punk de são paulo
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agora o negocio fica interessante porque me chamaram pra trabalhar num programa no ministerio das comunicaçoes que tava abrindo a possibilidade de que os telecentros que eles já tavam começand a instalar por ai fossem em lugares de referencia pra comunidade botar sua cara pro mundo, valorizando o saber de cada comunidade assim e o fazer de cada comunidade pra ne acabar com essa historia
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de que as crianças, os jovens crescem pensando que a primeira coisa que ela tem que fazer pra ser alguém ‘e sair de la e ir prum grande centro. E um desses lugares que era referencia assim pra gente, foi mostrado pra gente a equipe que fez parte desse programa que ‘e o programa gesac foi o ponto de cultura invençao brasileira. Tinha uma parceria entre ministerio das comunicaçoes e ministerio da cultura que a comunicaçao
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a conexao de internet dos pontos de cultura fosse feita pelo gesac então logo de cara eu conheci o invençao brasileira, isso em 2005 ai eu rodo o brasil, assim um pedaço do brasil mobilizando essas comunidades pra se apropriarem desses telecentros, tambem ao mesmo tempo eu precisei fazer uma imersao total e a partir dai só passo a
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trabalhar com programas livres de computadores sistema operacional gnulinux e os programas desenvolvidos coletivamente assim colaborativamente e ai ‘e uma guinada profissional e eu a partir do momento que eu fui um dos primeiros a ser mandado embora desse programa por questionar a forma de operaçao deles eu venho pra ca e falo que quero ser adotado aqui porque eesse tipo de essa visao de
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cultura de trabalhar junto era o que fazia sentido, fez todo um sentido pra mim. Então eu já vinha de uma escola que tinha, escola de vida que tinha essa militancia de economia solidaria, construçao de cooperativas junto assim ne a partir da inspiraçao de paul singer na usp numa incubadora de cooperativas da usp e ai foi muito natural chegar aqui e
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falar que ‘e desse jeito que eu quero trabalhar e passar a viver e assim tamos desde 2007 quando acontece o manifest sesi, o festsesi que eu falo que ‘e aqui que eu vou ficar. Era a segunda ediçao do festsesi, enquanto a gente tá trabalhando, enquanto a gente tá trabalhando no gesac acontece a primeira ediçao do fest
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sesi ai eu ouvi por alto porque eu tava numas outras agendas mas eu consegui pegar tipo o ultimo dia que foi uma grande montagem na funarte assim ai eu conheci uns figuras que eu já tinha encontrado nas oficinas que a gente tava fazendo onde misturava cultura digital que era a equipe que dava esse apoio dentro do ministerio da cultura e a equipe do gesac a gente fazia algumas, fez algumas oficinas em conjunto então tipo a primeira grande oficina que a gente fez foi em no piaui em teresina porra
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foi um negocio historico que juntou gente de ponto de cultura essa galera dessas oficinas do cultura digital então eu já tinha conhecido o mexicano, já tinha conhecido o cris cabelo, já tinha conhecido o flavio, flavio soares, tinha conhecido quem mais assim? O leo germane, a gente tinha na equipe a toia ne, a tati
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o vitor ubanto e ra uma galera que se conhecia já de uma militancia tec assim ge como ‘e que chama de manter servidores pra comunicaçao dos movimentos livres assim e eu fui entrando nesse meio assim meio de bicao e digamos que tamo ai ate hoje. Mais assim no primeiro festsesi eu tive um deslumbre assim mas eu não participei agora quando tem
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o segundo ai eu cai de cabeça. Esse segundo festsesi ele aconteceu dentro do sesi aqui ne em taguatinga norte e tava todo mundo junto vivendo la assim praticamente durante uma semana. Então vieram grupos de cultura popular do brasil inteiro e de muitas coisas, muitas manifestaçoes que eu nunca tinha ouvido falar e a gente p^ode p^ode ficar la 24 horas convivendo assim então
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todo mundo muito profundo no sentimento de entrega, de troca ne de de abertura pra conversa. La a gente conseguiu montar uma central de produçao audiovisual, um estudio de gravaçao de som, tinha estudio de produçao de video tal e isso acabou resultando num video que foi uma das primeiras ediçoes que eu fiz aqui no invençao brasileira junto com outras pessoas mas uma produçao grande de muitas
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pessoas colaborando a gente conseguiu organizar assim pelo menos uns cinco pontos de cultura do ne de vários lugares do brasil que vieram com camera, com computador, com equipamento e tambem foi ai que eu conheci pessoalmente o tc la da casa de cultura tain~a e tambem foi outro que eu ao mesmo tempo tinha adotado o invençao brasileira como casa tambem adotei a casa de cultura tain~a como segunda casa mesmo antes de conhecer então
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ai fora isso ne tem uma coisa que ‘e interessante brasilia me trouxe uma mergulho mais profundo nessa diversidade das culturas populares do brasil a gente la em são paulo ne muito rockn’roll, muita contestaçao, muito grito a gente queria falar mais alto do que as maquinas que ficavam do lado de casa la ai um dia um camarada falando la com a gente um cara de pernambuco
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a gente se achava muito proletario ne ai o cara falou ‘ceis são mo boy vei, ceis tem guitarra, ceis tem amplificador, a gente tá na lama la sem não tem nada disso não eu olha o mundo vai alem do que a gente ve aqui quando a gente ‘e paulistano ne. Por mais que a gente já tivesse chico science, já tivesse mundo livre o próprio mestre ambrosio que vinha de uma linha mais de seguir a tradiçao com uma juventude muito forte ne
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aqui em brasilia tipo foi onde eu participei de uma grande, grande ciranda, que eu senti o poder com o casa de farinha assim e ai começou esse mergulho das coisas maranhenses, coisas do ceara, coisas de outras partes assim que não chegaram e praticamente ate hoje não chegam na midia ne. Então a gente começou a militar por isso, botar isso na midia ajudar a galera a própria a botar isso na internet, nos videos e tamo trocando esse material
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sem fala do entrevistado
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gilberto gil? ‘e acho que hoje muita gente esquece ne quando o lula
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chega ele chega com todo um uma carga assim de vinte, vinte e cinco anos de movimentos sociais que vem se aprimorando na construçao de um de propostas ne de como a gente pode fazer funcionar um pais ne então apesar de que você tinha ainda todo uma opção muito vamos dizer industrial neh pra não dizer burguesa
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do da base das coisas ntao ce trouxe a economia solidaria, trouxe essa visao de cultura muito mais ampla do que a cultura academica ‘e deixa eu ver que outras linhas importantes assim entraram ne a coisa de que você olha as pessoas não como problema mais como a fonte de soluçoes porque você tem a maior riqueza do brasil são as pessoas que tao por ai ne então
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independente você falar que o cara ‘e pobre por um padrao de mediçao que ver só o lado monetario o cara tem um conhecimento, as famílias tem uma conhecimento tradicional que fizeram elas viverem nesses seculos todos i a parte do mercado então quando você passa a olhar isso como uma riqueza tem uma outra dimensao historia assim ne
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não que isso tenha dado certo mais você trazia isso de uma maneira geral isso refletia em vários dos programas que aconteceram a partir da entrada do governo lula ai dois desses programas tavam muito entrelaçados então ce tem gilberto gil no ministerio da cultura e o programa que veio a ser os pontos de cultura do outro lado você tinha toda uma militancia das pessoas dos
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programas livre de computadores, do mundo hacker, do centro de midia independente mesmo, da galera que vem, não sei se já existia mais assim ne, transforma ai o que foi, não sei se ‘e o próprio comite gestor da internet ou internet nascendo então modelo que visada menos a empresa mais essa possibilidade da gente tá colaborando numa horizontalidade então tem uma
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frente que entra junto com o lula acho que a partir da própria presidencia que o governo devia adotar programas livres e uma dessas frentes vem na militancia de uns figuras que entraram e assumiram o programa que era o programa gesac quer dizer governo eletronico serviço de atendimento ao cidadao esse programa já vinha do fernando henrique onde ele fez uma mega licitação de comprar banda
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de satelite, comprar 3.200 computadores que iam ser intalados numa especie de um totem dentro, no meio de uma praça publica porque o cidadao ia ficar la de pe durante quinze minutos por pessoa ia ter esse acesso pra acessar o governo, pra ser um balcao do governo numa, numa, acessar todas as repartiçoes, ce ia poder ver toda uma questao de aposentadoria, a questao de como ‘e que tava a saude
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de justiça, documentos, ne a ideia faz muito sentido só que você botar um negocio desse no meio de uma praça evidentemente não precisa ser genio pra saber que aquilo vai ser depredado muito rapidamente ne pelo que significa você ser governo num pais que o governo nunca chegou na maioria das pessoas mais fora isso você tem uma conexao de satelite carissima pra servir
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a um computador então quando entra o lula ne antonio albuquerque principalmente ‘e o cara que assume a direçao desse programa tenta transformar isso de maneira que essa conexao pra um computador possa virar uma conexao comunitaria num telecentro, só que não tinha a licitação pra esse telecentro então você só tinha ainda um computador e uma conexao então se constroi uma articulaçao de onde colocar esse computador onde ele possa tá dentro de uma
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sala com mais computadores então ce teve escolas em primeiro lugar que já tem um programa de informatizaçao das escolas, mas não tem internet então você tem essa parceria, você tem o ministerio que foi criado la da de combate a fome não lembro o nome mais ele tinha uma proposta de ter os comites gestores com participaçao das pessoas e o gesac ia fornecer a conexao nesses lugares
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e esse conselho ia dar um jeito de que aquilo tambem virasse um telecentro, ministerio da defesa tinha um outros tantas que poderia ser e o ministerio da cultura pediu e fez essa coisa de esse casamento dos pontos de cultura tambem serem porque dentro da proposta dos pontos de cultura pra, ai a gente fala dos pontos de cultura a gente tá falando de fortalecer açoes de movimentos culturais que já existiam
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açoes as vezes historias então de um maracatu, de um reizado, da dos tambores maranhenses e outras manifestaçoes que sempre aconteceram, que sempre foram foras de organizaçao da vida das pessoas ali que a os jovens disso pudessem estar se apropriando de cameras, de computadores pra registrar isso ne e divulgar pro mundo. Então tem esse conceito por traz desses dois programas tarem
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juntos a frente da cultura digital como era chamado. Entao cultura livre digital tambem. Falta o que falar disso ai? Tambem tem uma outra frente da parceria do gesac com ministerio da cultura com ministerio do trabahlo que iam colocar jovens recebendo uma bolsa
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justamente pra se apropriarem dessas ferramentas digitais ao mesmo tempo que se apropriam dessas tradiçoes que na maioria dos casos a gente sabe que o jovem não se interessam pelo que os velhos fazem então ce tem varias das manifestaçoes, das festas brasileiras morrendo porque o jovem tá interessado no que tá vindo na televisao. Agora, evidentemente o conceito e a ideia muito bonito
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mas a operaçao disso esbarra na taquedermice do governo brasileiro então por mais que se queira tem pessoas, mesmo das próprias pessoas que entraram juntas assim você mantem personalismos, você mantem gente querendo ser digamos reconhecida pelo e por esse merito em vez de deixar o programa seguir quer que seja uma coisa que fique na aba dele e ai as coisas funcionaram
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bastante lenta quando não funcionaram então por exemplo o caso dos bolsistas teve vários pontos de cultura que praticamente acabaram vários movimentos culturais na verdade acabaram quando viraram pontos de cultura e uma das causas foi qie ce foi la e chamou jovens, que você conveniou, que você disse que ia receber e nunca veio esse convenio, nunca veio esse dinheiro então gerou uma desconfiança que fez com que
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gente fosse agredida, quando chegou equipamento foi roubado porque a galera queria aquilo que tinha sido prometido e por causa das burocracias e dos mecanismos ai não aconteceram ou demoraram, aquilo que não aconteceu. Ai tem outra, toda uma questao de que os projetos quase sempre foram feitos por pessoas que escreviam projetos e não pelas próprias comunidades ai muita gente se apropriou do
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movimento e as vezes o velhinho la que tinha uma brincadeira que ele fazia secularmente ai ele foi o ultimo a saber que aquilo tinha virado ponto de cultura e as vezes nem soube ne. Entao teve vários e vários problemas que a gente vem debatendo desde o primeiro edital só que a vitrine ‘e muito bonita então foi se ampliando e sem resolver os problemas de origem. Ai um dos problemas de origem ‘e que ‘e muito
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complicado você repassar dinheiro publico pra uma associaçao geralmente bastante fragil burocraticamente e que não tem essa pratica de prestar conta, alias ‘e praticamente impossivel você dizer o que você vai gastar ao longo de dois anos então cada parafuso, cada tachinha, cada tubinho, cada cola cada folha sulfite deveria ser prestada conta enquanto você fez um projeto com um grupo de pessoas pra algumas
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açoes quando aquilo ‘e aprovado já passou um ano e as pessoas mudaram porque tiveram que correr atras de outras coisas então você recebe o dinheiro você já tem outras possibilidades e você tem que transformar aquilo e a comunicaçao muito complicada de você refazer o projeto justificando que você mudou isso gerou uma criminalizaçao tambem de vários pontos de cultura era a primeira parcela não receberam a segunda nem a terceira
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salve
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então ‘e
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eu fazia parte de uma equipe de oito pessoas da primeira geraçao do programa gesac que a gente tinha que digamos ativar 3.200 pontos no brasil inteiro que tinham recebido a conexao do satelite e em geral sem saber da onde tinha vindo e ai a gente começou a organizar isso em oficinas regionais e o invençao brasileira foi sede de varias dessas
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oficinas então pontos do centro oeste em geral de vez em quando, regularmente a gente tentava organizar aqui pra gente falar desses grandes bicho papoes que era o linux no computador mesmo camera e microfones ne. E a gente via que ne essa efervescencia das passagens trabalhando no programa
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quando eu sou mandado embora isso já ‘e final de 2006 a gente continua fazendo isso então aqui o invençao brasilieira acabou sendo uma casa pra esse proj, esse caminho que a gente já tinha feito esse programaçao que a gente tinha feito de oficinas e tal a gente contina fazendo e
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por varias razoes só vem chegando gente no invençao brasilieria. Então tem a pessoa que chega, se aproxima e passa a fazer parte assim do cotidiano que a gente tem aqui que ‘e o leandro magnus então que ‘e das pessoas que eu conheço que mais entende de computador e de fluxos ne que eu conheço assim. Então eu que tinha tido esse mergulho assim muito rapido no mundo
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de programas livres, na época que programas livres ainda eram bastante precarios ne, que você tinha que resolver muitas questoes do funcionamento da comunidadezinha interna la do computador que tem que se ajudar pra fazer os fluxos funcionar então foi uma continuaçao de aprendizado muito grande que eu dos meus interesses assim de tá mexendo com camera e editando em computadores e tambem gravando
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som sem usar programas proprietarios que ate então era o que a gente usava ne, aqui era a única referencia que tinha ne nesse pedaço. ‘e na verdade ‘e esse espaço aqui, mudou de plano? Mudou de plano? ‘e em 2006, 2007 esse espaço aqui já era aqui, já eram essas duas lojas porque no começo era só metade disso mais era muito diferente, isso aqui teve varias transformaçoes pra chegar no que tá hoje só que essa frente de cultura digital acaba ficando maior assim então aqui acaba se dedicando a lugares de ensaio de grupo, pelo menos uns tres, quatro grupos de teatro fora os mamulengo ensaiavam aqui
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e a gente monta o que a gente chamou de pontos de conhecimentos livres se associando com miltinho que já tinha uma açao de coneclube la na cnf, parte norte de taguatinga e a gente passa uns quatro meses montando la e esse montagem já ‘e um grande aprendizado. A gente fez uma mega inauguraçao assim, uma mobilizaçao bastante grande mas infelizmente a gente não
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conseguiu prosperar la questoes de base ali da, do próprio lugar e a gente volta pra ca. Ai o que acontece ‘ e ter conseguido fazer nesse periodo a própria ediçao desse video manifestsesi o manifesto do festsesi e a açao que tava acontecendo na época que era o escola viva. Ai o escola viva resulta num video bastante interesanste assim porque ele
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foi gravado praticamente todo por pessoas que nunca tinham pegado em camera e ai eu fiz uma ediçao bem diferente do que eu tava acostumado assim ne, de ritmos de videoclipes e coisa e tal então eu falo que ‘e meu primeiro video iraniano você tem as falas longas, a gente optou por não identificar as pessoas pra não dar aquele personalismo, aquela autoriadade da pessoa quando aparece na televisao o cara ‘e fulano de tal, ‘e doutor, só a profissao dele já da uma
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relevancia maior pra com relaçao a quem tá assistindo por exemplo. Então as pessoas no video do escola viva não tem o nome, são pessoas que tao falando com uma paixao dessa açao de transformaçao que tinha essa conexao tambem do que acontecia aqui esse resgate ai dos saberes populares que fossem reconhecidos como saberes que as pessoas precisam aprender na escola então o
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meio de que acontecia isso, isso também teve inspiraçao muito forte aqui no invençao brasileira a partir também do programa la da galera graos de luz e grio de lençóis na bahia mais o invençao brasileira era um pontao de escola viva muito forte, muito referencia na época como praticamente sempre foi em todas as açoes que faz.
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‘e no ponto de conhecimentos livres ne. Pronto? No ponto de conhecimentos livres eu tive o meu mergulho
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com essa comunidade artistica taguatinguense, ceilandense, recantense, samambaiense porque eu tinha passado os dois anos já, tres anos que eu tava praticamente morando em brasilia viajando pelo brasil inteiro então la na cnf eu tava do lado de miltinho e magnus que são figuras que conhecem todo mundo e todo dia aparecia altos figuras la enquanto a gente tava fazendo as
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coisas que sentava do lado e começava a conversar e não ia embora mais e era muito engraçado assim que ce tá la trabalhando ao mesmo tempo que ce tá entrando assim num universos de pessoas que se organizam ha vinte anos ali ou entorno dali em prol de esporte, de cultura, de agutaçao, de bebedeira, de diversao ne que ‘e uma forma de vida digamos muito interesante quando você quer fugir da
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caixinha e uma dessas figuras que chegou foi o virgilio e chegava la no final da tarde botava os pes pra cima e a gente ficava proseando la , quando a gente tentava, tava tentando instalar uma o tal do driver numa placa de video x do computador toda uma pesquisa o magnus falando ‘ah faz ai ce sabe fazer ne’ ‘po como ‘e que ‘e a? Faz ai’ e virgilio do lado e os dois já se
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amando como eles se amam ate hoje ne, só xingamento de um lado pro outro e eu fui conhecendo o virgilio ne que ate então trabalhava muito com negocio de, como mestre de obras mais fazia uns artesanatos aqui, acola com uns materiais que sobrava das obras, resto que ia ser jogado fora e ele começou a mexer com esse negocio de papelao. Na verdade ele já mexia, mas a gente pouco pelas conversas sem ver ainda acompanhava o que ele fazia
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la e ‘po, esse negocio ‘e interessante’ ate um dia que ele chegou com uma cadeira ai nessa cadeira quando eu sentei eu senti que foi a cadeira mais acolhedora que eu já trabalhei ate hoje na verdade ne, ai essa cadeira consegui trazer ela pra ca quando a gente saiu da cnf e voltou aqui pro mercado sul e nela praticamente fiquei dois meses sem levantar editando esse video do manifestsesi e deoiis escola
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viva enquanto aqui em volta no mercado sul tinha toda uma outra efervescencia rolando de gente que tinha chegado, então por exemplo na tenho o orgulho de ter trazido o farid pra ca que chegou com etienne que foi outro figura muito importante assim pra dar uns rumos do que a gente faz nesse sentido de metarreciclagem, de formas como a gente olha computadores, como a gente entende o conhecimento que tem concentrado em cada peceinha, em cada
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resistor, cada capacitor que tem dentro dum computador ne de como aquilo ‘e a evoluçao dos quatro, cinco mil anos da guerra ne, civilizaçao ocidental. A gente, eu implicava muito com etienne, eu to falando de etienne delacroix ‘e um belga maluco, artista, fisico um outras visoes de mundo que andou pelo
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sul do brasil e acabou chegando aqui na cidade de brasilia, um cara que não ‘e aceito em nenhuma das caixinhas convencionais da universidade porque ele trabalha com a arte, com a engenharia, com a arquitetura, com a comunicaçao, com rompendo todas essas fronteiras. Então, a gente fazia umas, ele fazia umas instalaçoes ne e era muito metodico ali de, da teatralizaço do
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saber e ali tava dentro das pecinhas que ele fazia a gente enxergar de um outro jeito pra gente chegar na coisa mais basica de programaçao pra fazer uma luzinha acender e apagar, depois a gente consegiu fazer duas acender e apagar ne pra poder falar em outras coisas. Porque a gente hoje em dia tá falando de camera digital, celular, a gente nem digiral sabe o que significa, nem a palavra digital para pra pensar como ‘e que ‘e aquilo? O que quer dizer isso? E que implicaçoo tem
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então o mercado sul tava agregando gente nesse sentido e aqui também no próprio festsesi a gente desenvolve a frente da musica, dos batuques, então tem uma figura muito importante aqui que ‘e o caranguejo que puxa uma oficina de maracatu que também fez bastante barulho em vários sentidos, os problemas que a gente tem de
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convivencia já vem de la assim porque quase tudo que gente gosta de fazer incomoda muita gente ne, muita gente que quer tá no conforto do seu lar vendo a televisao, vendo a novela e uma galera batucando em volta da problema
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‘e o que aconteceu, quando a gente fala aqui do invençao, quando a gente
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fala do ponto de conhecimento livre a gente tá falando do manifestsesi, a gente tá falando de articulaçoes, o próprio programa de ponto de cultura, a gente tá falando de coisas que chico simoes tem uma influencia gigantesca assim, então a gente na época tinha praticamente quatro grandes referencias que era o chico simoes, que era o tc, que era beth de oxum, que era a galera
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la do puraque, deixa eu ver se tem mais alguém, la do puraque de santarem ne que tunha uma visao muito forte de como dialogavam essas culturas que a gente chama de populares ai, ancestrais sei la, tradicionais com a cultura digital com o que a gente vinha fazendo, a gente galera da frente de conhecimento livre digitais ai
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e primeiro lugar que você assiste o mamulengo do chico simoes assim que apresentava a torto e `a direita la você se envolve completamente de ver a magica que ‘e um bonequinho realmente te tocar de todos os jeitos e eu que trabalho com video, com cinema, com televisao assim a gente nunca se toca totalmente você tá sempre pensando nos
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bastidores, no enredo, na construçao disso, como ‘e que você tá iluminando, como ‘e que ele tá os motes ai que vao fazer a plateia gargalhar e você consegue se envolver de um jeito que você esquece que tá gargalhando junto e as vezes gargalhando da ne ou seja assistiu dez, quinze apresentaçoes e sempre tem alguma coisa diferente assim que ‘e impressionante, isso dentro da tolda com os
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bonecos na mao e ele tem essa capacidade de fazer isso tambem do lado de fora, de encantar assim, de falar com uma paixao muito grande de todo esse vislumbre ou não ‘e um vislumbre ne, ‘e uma coisa evidente você ver muito obviamente como tudo ‘e possível da gente tá se organizando comunitariamente, uma soma dos nossos conhecimentos
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soma das nossas praticas oara que a gente possa se suprir e construir redes viajando ai e se abastecendo ate sem precisar de dinheiro, então quando eu venho pra ca falei isso mesmo ‘nao vamos pensar em dinheiro não, vamo tocar pra frente isso tudo’ mas ao mesmo tempo ‘e uma pessoa que me abraçou assim
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de um jeito que deu uns jeitos la inclusive deve fazer parte dos jeitos que como quase todos os pontos de cultura tem deram o problema, deram o problema de prestaçao de conta, de você tirar dinheiro de um projeto, uma rubrica de um projeto pra cobrir um outro problema imediato que você tem e depois você teria que justificar isso e essa justiicativa você pode ate fazer e ela vai cair no ministerio dentro de uma sala que tem pilhas e pilhas de
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justificativa com as duas pessoas que trabalham la sem condiçao de ler, tinha antonio, tinha um outro cara la, tinha um pessoal que…um dia, uma vez a gente foi la assim e os cara ‘oh, pode procurar seu processo ai dentro não tenho a menor ideia de onde ele tá, ce pode passar um ano ai que ce não vai, pode não encontrar.’ Entao a gente conseguia fazer isso aqui, a gente tava em taguatinga e isso tava em brasilia ne e a gente fez isso pra alguns pontos de cultura que tavam mais próximos com a gente assim de ir la e tentar ‘ow, os caras
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mandaram tá aqui ceis vao receber tal’ tentar desenrolar alguma coisa assim agora outros pontos que tao mais longe como ‘e que vao fazer isso? Mais mudei de assunto ne?
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‘e então, ‘e isso a gente chegou aqui já existia uma família gigantesca então ai você se junta com pessoas uito fortes e muito no mesmo espirito de
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comunhao, então a primeira coisa que acho que ‘e uma coisa que todo mundo fala ‘e você chegar num evento aqui e ter um fogao de lenha servindo um caldinho e um cafezinho sem cobrar nada de ninguém e pra você comer a vontate, pra você ficar bem e acolhido. Ai você tem rose brigando com todo mundo por causa da bagunça e botando tudo nos seus lugares e você tambem dai a pouco ‘e uma parte da bagunça e ai ela vai e te arrumar em algum lugar tambem e nessa
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época a brincadeira de chico simoes tinha a fabiola junto, acho que logo na sequencia eu conheci a nara e a luciana meirelles, que são figuras que fazem parte do movimento do que foram os jovens desse ponto de cultura ai ce tinha um cabra bruto que era o chiquinho e outro cabra mais bruto ainda que era o raoni ne ai tinha uns figuras que faziam de tudo, todos os corres ai
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uma família que você pensava não precisava nem falar que mais ou menos as coisas já tavam acontecendo as vezes muito tortas mais era divertido demais. Não. Não. Quer dizer quer não que eu saiba assim, com esses nomes, mas eu tenho
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impressao que isso foi antes de eu chegar. ‘e, enquanto eu ainda tava
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trabalhando no gesac aconteceu a primeira teia foi na bienal la de são paulo com muito foco nessa coisa da economia solidaria e das culturas tradicionais como sendo a opção primordial de forma de organizaçao de vida. Reconhecendo nesse juntamento que uma comunidade inteira tem pra fazer uma festa, que pode acontecer uma vez no ano mais aquilo rege o ano
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inteiro, rege o plantio, rege a colheita, rege a confecçao das coisas e rege a vida em comum. Então a primeira teia foi muito rica nesse sentido mas aquilo foi uma coisa que tambem violentou muitas pessoas que tavam viajando pela primeira vez e caia num esquema muito profissional de hotelaria, de hospedagem, de transportes, numa grande cidade, no coração de uma grande cidade assim como são paulo. Isso já
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gerou varias questoes de como que era isso e ao mesmo tempo foi aquele mundo de tapinhas nas costas tudo isso que vocês tao fazendo ‘e lindo, ‘e revolucionario e era tao lindo e revolucionario que eles queriam fazer mais e mais sem resolver os problemas originais então quando teve a segunda teia foi em bh ne, diz que, eu não participei já, mas diz que foi bem pior inclusive, ne nesse
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sentido de que você tá la sendo uma vitrine pra politicos que tao se apropriando de tudo aquilo, achendo a boca pra falar que você tinha 200 pontos, agora tem 800 pontos, sem dar a minima condiçoes então você tem ai muitas pessoas escrevendo os projetos, desconectados com a realidade dos pontos. A toda uma questao ai que como sempre as
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as maquinas , as entranhas da burocracia vao se apropriando do saber verdaeiro e do fazer verdadeiro. Acho que cia articum pode falar bastante disso ai. Mais a gente teve grandes debates aqui no invençao brasileira que tinha uma frente politica, tecnologica forte na comunicaçao e
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eu por exemplo sou da opiniao que a gente não deveria fazer parte de teia nenhuma mais e ai vem a ideia de se fazer a teia. A gente fazer a teia, ne então em vez de contratar uma mega produtora de eventos a gente seria essa mega produtora de eventos. E a mao de obra toda seriam de pessoas dos pontos de cultura do brasil inteiro pra fazer uma teia juntando os pontos de
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cultura pra debater os problemas pdos pontos de cultura, pra resolver os problemas dos pontos de cultura. Então a ideia não era fazer um oba oba, a ideia era a gente se juntar e fazer toda uma cobrança e mostrar as propostas possíveis. Então essa tinha sido esse debate assim. Então faremos se a gente não fizer outra pessoa vai fazer e se eu fizer vai ser alvez do jeito
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convencional mas que vai acontecer vai acontecer, então ‘e uma oportunidade, e eu falava que não devia se meter nisso. Minha opiniao pessoal isso em 2007, ne. E se decidiu fazer a teia, só que acontece que em 2007 eu fui acompanhar minha companheira no sanduiche dela, no doutorado dela, nesse universo da economia solidaria, das politicas publicas para a economia solidaria na frança
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então no meio de 207 eu sai. Então aqui tava uma eferverscencia gigantesca, mil potenciais que coisas que a gente já vinha semeando naquele ultimo ano pra desenvolver a gente ter a nossa produtora funcionando 24 horas por dia, os grupos de teatro apresentando também em todos os cantos. A gente recebendo gente de todos os lugares, fazendo formaçoes e trocando indo
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viajar pra vários lugares ai nessa rede de pontos de cultura. Então tava tudo isso acontecendo assim ao mesmo tempo que varias dessas pessoas que se agregavam aqui tavam tendo açoes independentes aqui no próprio mercado sul com muito sucesso, com muita beleza ao mesmo tempo muitas divergencias. Então, assim, era questao de gerir
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esses conflitos de uma maneira que aquilo pudesse realmente explodir. Quando eu sai parece que o que aconteceu foi justo o oposto os conflitos que dominaram tudo, ai quando eu volto, um ano depois, tem um grande racha que poucas pessoas falam com outras pessoas e ate hoje isso ai ‘e uma coisa que eu não entendo direito. E o desafio de fazer a teia. Então,
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muitas das pessoas que tavam aqui na linha de frente da construçao do pensamento politico não queriam mais se envolver com isso. E eu assumi digamos a parte operacional da produçao executiva de juntar, ai veio o robson da casa de cultura taina fazer uma construçao politica do que a gente queria que fosse a parte da comunicaçao da teia de 2008. então a gente tinha
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imaginado que a gente ia fazer uma teia pra encontrar 800 pessoas representando 800 pontos de cultura e a gente teve efeito uma mobilizaçao usando a própria rede, porque era disso que se tratava pra que já chegasse com as discussoes avançadas. Então um dos mecanismos ai que rolaram foi de escrever isso como um projeto na petrobras e tinha ai
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toda uma negociaçao já feita com o ministerio da cultura que faria avançar e a gente teria la uma verba bastante grande, coisa de 3 milhoes parece ne? Pra fazer o encontro dos encontros. Essa ‘e uma coisa maravilhosa e uma parte disso ia ser pra fazer a comunicaçao que a gente só ia usar ferramentas de programas livres, usar as pessoas que eram as oficineiras que viajavam o brasil pra desenvolver coisas novas, a gente tinha a ideia de fazer uma
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televisao com varias cameras transmitindo pela internet pra gente chegar numa central de corte, pra gente escolher qual camera ia jogar o sinal pra fora, inclusive com possibilidade de ter mais canais transmitindo e as radios funcionando e o pessoal escrevendo pra botar em varias paginas, tirando foto, fazer jornal impresso, fazer jornal na internet. Isso com só com pessoas de pontos de cultura
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no final ainda teve um debate ai que a gente acabou chamando um cara pra, um profissional do jornalismo, pra fazer uma assessoria de imprensa que digamos era única frente que não tava com gente vinda de ponto de cultura. O resto, a ideia era tudo isso assim, equipamento, as pessoas formadas ou então que já faziam parte da
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formaçao da rede dos pontos de cultura. A ideia era a gente começar a trabalhar um ano antes ou pelo menos seis meses antes pra fazer isso tudo. E o cronograma previa isso e a gente foi trabalhando e foi começando a juntar gente e só que sem o dinheiro ne. O dinheiro parece que a primeira parcela da teia caiu tipo no segundo, terceiro
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dia da teia já rolando a parcela da pre produçao. Então isso causou vários problemas e não rolou do jeito que a gente tava esperando de fazer toda essa discussao politica e funcional do sistema pontos de cultura. Como ‘e que ele poderia ser pela gente, a gente os pontos de cultura do brasil inteiro dizendo como ‘e que poderia funcionar, tinham varias e varias propostas. Pois não rolou mas mesmo assim a gente conseguiu fazer uma
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mobilizaçao assim de vários órgãos do governo pra fazer um infraestrutura fudida assim la de comunicaçao e criando coisas que não existiam. Ai teve uma cagada assim fenomenal de um camarada que fazia a produçao do lugar, ele agitou tudo menos marcar o lugar. Então a gente passou praticamente quatro meses dizendo que a gente ia entrar tal dia la pra construir toda nossa
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estrutura tres semanas antes da teia e isso envolvido serpro, tava envolvido outros órgãos do governo que mexem com computador e quando a gente chegou não tava marcado e foi uma rasteira gigantesca que a gente conseguiu rediscutir de fazer na semana seguinte. A gente ainda conseguiu manter as pessoas queriam pular fora disso porque a gente não foi profissional, realmente a gente mobilizou
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coisas e os caras falavam ah o que vocês consegiuiram tem ministerio que fica anos negociando de ter conexao, de ter estrutura, de ter fibra optica, de ter aquilo outro e não consegue e custa. Então, entrou muitas verbas, a gente conseguiu isso de graça, a gente teria uma semana pra montar a parte tecnica pra chegar a galera dos pontos de cultura, que a gente teria uma semana pra
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ensaiar nossa transmissao antes de chegarem as delegaçoes da pre produçao da teia. Então, quando chegou, chegou todo mundo junto. A galera tecnica, a galera que a gente já tinha marcado passagem pra chegar vindo do brasil inteiro que ia fazer camera, que ia escrever e que tal. Entao, quando a gente conseguiu fazer tudo aquilo funcionar era o ultimo dia da teia. Mas mesmo assim a gente fez um registro razoavel mais o problema não foi esse,
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o problema da teia não foi esse. O problema da teia foi que a gente tinha feito uma teia pra discutor questoes politicas e a teia foi ganhando dimensao e visibilidade, tambem na minha avaliaçao teve uma verdadeira sabotagem dos grupos que querem visibilidade então em vez de ser uma teia pra 800 pessoas acabou virando no final 3000 mil pessoas que ficaram sem infraestrutura que a gente teve que resolver e
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as dicussoes politicas foram escanteadas, virou um detalhe numa programaçao artistica, com palcos gigantescos que não tavam previstos e ai foi quando eu resolvi sair do meio dos pontos de cultura que eu já via muito viciado assim, não sei se historicamente vale falar de nomes assim que a gente tem
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como responsaveis pela desandada geral de uma articulaçao que teria sido linda por ter construido autonomamente uma teia e que na verdade serviram pra fazer um ficar com mais raiva do outro então a gente tem toda uma galera do pcdob, da ujs, movimentos estudantis que chegaram com onibus e onibus, caravans que eles falavam la, passaram em vários estados pra chegar na
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teia se juntando assim num caldo e mesmo a secretaria executiva do ministerio da cultura, alfredo manevy teve uma participaçao bastante importante de ocupar um espaço de fala dos pontos de cultura celio turino falou uma tarde inteira, pontos de cultura não falou e sai todo mundo muito bem, reconfortado por tá recebendo de novo os tapinhas nas costas falando que
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o que vocês fazem ‘e revolucionario mas não resolveu os problemas de base que os primeiros 180 pontos de cultura foram conveniados que já causou problema pros próximos 800 e ali já tavam falando em 3000 mil pontos de cultura, 10 mil pontos de cultura e assim vai. Então, realmente eu parei de mexer e de andar nessa militancia como ponto de cultura. E a gente fica aqui no mercado sul quando eu volto tem o
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mercado sul assim, desandado mais ai tem a tempo ecoarte que vira o novo polo de concentraçao, de talentos, revolucionarios, autonomos ai que ‘e o que tá vingando ate hoje assim. Então, o papel do invençao brasileira por muitas pessoas aqui do mercado sul ele ganhou uma desconfiança gigantesca assim, e isso ate hoje não foi bem trabalhado
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eu faço assim o que eu vejo ue acontece aqui eu credito a todo esse movimento começado por isso. Agora a gente precisa tentar abrir talvez essas feridas, tirar um pus qualquer e reconstruir isso. Dessa convivencia toda comunitaria com uma transparencia que em algum caminho se perdeu.
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sem audio do entrevistado