Entrevista – José Regino – Invenção Brasileira 30 anos

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Transcrição da vídeo entrevista com José Regino no Projeto Invenção Brasileira 30 anos

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sou zé regino de oliveira… zé.. um nome que eu gosto.

sou mineiro, de corinto, vim pra cá com minha família, era garoto, mas me considero.. já um brasiliense.

gosto pra caraio de brasília, gosto mesmo, quando falam mal fico puto.

 

brasília e uma cidade q eu gosto, que escolhi.

0100

comecei a trabalhar com teatro especificamente.. pq antes do teatro eu já vinha das artes plásticas. eu começo muito cedo, antes de escrever, a desenhar, a me interessar por esse assunto, a querer ler sobre as esculturas…

e o teatro foi um desvio de caminho, pq eu já tava fazendo faculdade…

e de forma inevitável, me envolvo com política, na época, final dos anos 70, e entro pra uma organização clandestina, … movimento estudantil,

tudo funcionava de forma clandestina mesmo…

 

e cada membro da organização iria pra um local de trabalho.

em geral, trocava a identidade e você ia trablhar ou rio ou sp, um região de fábrica.

 

você vai fazer a cabeça das pessoas pro movimento comunista, militante… esse era o princípio, a doutrina.

 

como a minha família fugia da estrutura tradicional, meu pai já tinha morrido e a gente vivia em sistema cooperativado mesmo, cada um dava um pouco por mês, não tinha como deixar minha família.

 

eu fiquei em brasília.

 

eu propus, em conheci os meninos que tavam fazendo essa oficina de teatro, tavam fazendo, daria origem ao retalhos, e eu fui num dia assistir o resultado, confesso que nem sei julgar, se era bom ou não.

mas meu envolvimento era tão grande, a possibilidade de usar aquela galera politicamente era o que me movia,

0300

e foi o que eu propus pro pessoal da organização, e depois eu descobri que não foi consenso, e eu comecei a trabalhar com eles, literalmente infiltrado, pela organização a serviço da organização.

 

era o meu objetivo, e a vida dá uma rasteira maravilhosa.

dali a pouco tempo, eu saio da organização, principalmente porque a gente já tava fazendo mais política de uma forma mais direta … sem desmericimento…

 

o partido, o pt, já tava surgindo, o que abriu a possbilidade de todo mundo sair da clandestinidade.

0406

 

a gente já tava com isso no pensamento, nessa militância, já era algo orgÂnico,

de ir pra rua, vamos levar, vamos atuar, …

 

foi então um encontro de almas de pessoas insatisfeitas, pessoas inquietas, desesperançadas, enfim, almas revolucionáias…

ninguém tava satisfeito como as coisas tavam,

todo mundo a fim de botar, lieteralmente, o cu na roda.

 

aí, pronto, foi esse encontro que deu origem à vazão, esses suporte, até que o própŕio grupo, as pessoas se suportavam… o que é natural,

as pessoas vão procurando seu caminho.

 

eu entrei sem saber nada de teatro.n

não era a arte que eu mais curtia, pelo contrário. achava chato.

minha irmã fazia teatro, eu acompanhava, era só ensaio, não via resultado…

sabe aquela criança guarda-cabaço?

0540

que vai pra proteger, depois volta pra casa?

na verdade é isso que o pai faz, vai lá pra guardar o cabaço.

 

achava chato, aquela repetição. chato!

sempre asssociado a uma coisa desagradável.

um ou outro trabalho que eu tinha gostado…

mas um desses trabalho q eu vi, o chico simões tava nele.

 

aí, um dia, a gente fazendo um exercício, sem saber pra que lado aquela porra ia,

precisava de tempo pra ler, pra estudar, pra fazer uma coisa mais eficiente…

 

eu vi o chico sentado na cadeira, mais tarde fiquei sabendo que ele veio que tava cheia de menina bonitinha e ele escolhendo quem ia comer…

 

aí, fiz uma provocação, lembrei dele do espetáculo,

aí, ele veio fazer um exercício, um dia que me aliviou…

 

e poder tá compartilhando também,

a gente tava.. sei lá, todo mundo no mesmo pé, querendo informação…

 

engraçado, né?

hoje o que a gente tem referencia em 2 dias, se lia… de boneco, um dia.

hj é bem diferente,

 

aí, foi nessa tentativa que eu me vi, fora da organização, fora da uniersidade, sem emprego, e tendo que viver da arte… pronto, nunca mais a vida foi a mesma.

 

56.mov

 

0020

primeiro momento, foi pro centro, plano piloto.

depois taguatinga. só que naquele tempo..

brasília, não é mais brasília.

pra mim, é… geral.

a minha referencia afetiva. posso estar em ceilandia, sobradinho…. tamo nesse lugar comum, cheirando a mesma merda… usufruindo o mesmo por do sol.

 

eu não consigo ter esse lugar, na minha cabeça…

eu sei que são lugares diferentes…

 

hoje a realidade de taguatinga não tem nada a ver com o que era aquela época…

não era fácil…

 

rapaz!

quando vc pensa que quantos anos de idade você tem era o tanto que você já tinha levado de baculejo… mas baculejo mesmo!

eu desenhava, eles me tomavam os lapis…

vc tinha de tudo, de maozada no pé da orelha…

pq vc era da periferia…

mas mais tarde, você ve certas coisas acontecerem no plano piloto… núcleo bandeirante…

 

hj mesmo, a gente viu num espetáculo de rua, participou o tempo inteiro, uma moradora de rua, sendo presa de maneira desrespeitosa…

 

eu continuo com muito medo de polícia, médico, e juiz.

eu faço tudo pra evitar precisar deles.

tenho medo.

 

0250

era a convergencia socialista, que mais tarde veio virar o psol…

tinha outras tendencias, outras organizações, mas era a convergencia, a qual eu me identifiquei mais…. ah… mas nem tinha que ver de identificar…

a gente era muito disputado…

mas sei lá porque,

a convergencia tinha essa coisa radical,

pra mim foi uma escola, me ensinou disciplina, o que é coragem, aprendi muito.

0350

 

era tal dia, tal hora, tal lugar. você ia, geralmente era um estacionamento de faculdade, o carro deles é tal..

vc entra dentro do carro, dali a pouco eles falam ok, vc levantava… pq baixava a cabeça…

não sabia se era uma chácara… poucos móveis… tudo fácil de tira e colocar…

 

mas se fez 6 reuniões no mesmo local, foi muito.

proteção, sua!

 

aí, tinha categoria de documentos que vc tinha acesso e outros que vc precisava… dependendo do seu grau de conhecimento, voce ia tendo acesso a conhecimento.

sempre essa doutrina, essa conversa.

 

e a informçaõ quando ela vinha, tamo falando da época da guerra fria, era tão excitante!

 

poucas coisas você questionava.

não era hoje… então discutir um documento, era ser doutrinado mesmo.

 

0550

e foi ao mesmo tempo que eu comecei a ter contato com filosofia, psicologia, pq nada disso se tinha na escola, no regime militar. no máximo vc fazia um curso técnico…

eu tive uma professora que ensinou a gente a pensar, o resto…

trabalhava com apostila.

tudo segmentado

aí, de repente você tem, história… era muito legal.

 

e legal, vc não tem o nome. mais tarde encontrei alguns… e o nome da época.. não era mais…

 

eu participei de alguns grupos, com lideres que iam e vinham.

mas era isso,

pra te proteger…

 

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(chico tb participou de grupos)

não. muito tempo depois… ah, eu tambem tinha

 

quando o movimento estudantil sai da clandestinidade, já é 85, sai da ditadura, época também que eu to saindo da faculdade, eu também trabalhando com meus alunos da escola.

 

eu como professor, estimulando a moçada a fundar seus grêmios… conheci mas não participei dentro, mas também não dura muito tempo…

 

0100

sim, na verdade, a galera já tava…

é o que eu já falei… encontro de almas inquietas, já tava todo muito satisfeito.

a gente já tava fazendo muito mais.

quando a gente vai pro areal,

quando partiicpa da organização do 1 de maio,

a gente já tava… não era preciso ter que fazer a cabeça da galera.

por isso, também quando eu me afasto da organização, eu me afasto de uma forma satisfeito.

eles já não me queriam.

então, VAI!

 

na época não podia levantar bandeira…

 

0200

na verdade, o márcio me falou que ia apresentar… eu nem sabia que ele tava participando…

empolgado.

e aí, quando eu fui, covidado pelo marcinho pra ver o resultado da oficina, foi que eu vi essa potencia, de certa forma ele também… aí eu cheguei no que seria o retalhos.

 

e foi engraçado que dentro de mim tinha um pudor muito grande,.

ao mesmo tempo a necessidade muito grande… e uma tremenda identificação.

 

mas por outro lado, se alguém não tomasse a frente, aquele grupo ia se dispersar.

dentro de mim tinha alguma coisa que falava… esse grupo tem muito o que fazer.

 

as vezes entrava numa discussão e pra mim tanto faz, o importante era fazer!

 

0400

era tdo mundo jovem, estudante, insatisfeito

tudo tava protestando.

um motivo….

a chave da sala… ei, alguém tá boicotando a gente!! vamo pra rua!

 

tinha umas coisas na gente, era muito forte!

a gente fez passeatas em taguatinga pq não tinha espaço cultural,

e neguinho falava “isso não é importante”

mas no fundo a gente sabia que era outra coisa

sair pra rua pintado de palhaço era dizer pras pessoas “vem pra rua, grita” á insatisfeito, grita!

era uma metáfora muito forte.

 

nesse ponto era bem consciente.

apesar da gente não discutir isso, era muito movido pela paixão.

 

alguns porra louca tb não ficavam…

não encontravam esse eco.

 

então, todos esses grupos que existiram na época, o retalhos foi o que existiu com uma estrutura mais tempo, mais extensa.

os outros grupos muito rapidamente viraram duplas, trios, pequenas companhias,

o retalhos, não.

a cada trabalho, mudando, revivendo, botando um ouo outro pra fazer, mas por ter essa origem de uma resistência de caráter político.

 

58

 

e não era só de uma escola.

eram de várias escolas… não tinha como falar, não entra.

então precisava de um território neutro.

 

havia essa estrutura e a gente sabia que a gente precisava bater o pé.

era importante estar ali.

mas ser a pedra do sapato era importante.

a gente sabia que tava marcando território.

cachorro marcando territorio.

 

59

 

a turma.,.. miqueias, marcinho, rose, shirlei, q a gente tem um vinculo mais forte, a gente faz faculdade junto

 

a mércia, uma figura apaixonante, o próprio chico simões, o nilson, pp, miltinho… tinha uma galera…

eu lembro das imagens, das caras, não lembro dos nomes…

eu fico um tempo com o grupo, me afasto, continuo fazendo teatro, fico nesse namoro, ta e num tá…

0100

porque aí já vem trilhando um caminho, pq aí eu chego uma hora… por necessidade, eu resolvo abrir oficinas, pra troca de experiencia, grupos de estudo,     eu queria dirigir mas não tinha ator, tinha que formar.

 

com o mínimo de técnica, que eu já tinha passado por uma escola que tinha me dado um mínimo de técnica, não pela escola, mas alguns professores…

que meio que adotou nossa turma.

e adotou mesmo… fiz curso de palhaços… grande mestres.

 

to falando do dulcina, naquela época.

que era o único lugar que tinh arte.. cenicas… que a unb já tinha plástica.

 

aí, já to falando de 86, tem o fim da ditadura, mas a militância continuava.

0220

e ai, é quando a gente já tem nossa cama de gato armada, que é a militnacia dentro da confederação de teatro amador. confenata e da própria federação.

e a gente também começa a ser um agente político de ter uma organização.

 

e aí vem a associação brasileira de teatro de boneco, que é toda forma de discutir arte e organização e político.

tomar postura, atitude… como é que vai se posicionar diante disso… como é vai ocupando esse espaço de organização.

 

60

rapaz…. foi uma luta natural.

a gente não tinha caminho, as pessoas que queriam manter não tinha como.

pq a gente que tava retomando a fetadif, era gente que tava grudado com o pessoal da nacional

o outro pessoal que fez, já tava na memória, não tava na ação.

 

então, a gente chegou a propor a juntar, mas a galera das antigas… já não tinha esse gas.

essa força, essa disponiblildade.

e a gente fazia um festival que acontecia algumas vezes… que era um festival da federação, um festival aberto,

 

engraçado falar disso… chegou um momento, em que a galera do teatro amador, tinha mais gente vivendo de teatro do que os profissionais.

 

aí, chegou um momento em que a forma de conversa, a forma de discussão, o que que era prioridade, não batia na prática do fazer, com quem tava realmente tocando o movimento.

 

não tinha mais disso.

 

0140

aí, vinha a galera formada em universidade… só que tava num universo paralelo…

e aí, a tendencia era… a brasília não suporta, não me guenta, vou pro rio…

 

eu particularmente, fiz opção de ficar, da índole da militância, aquele virus não saiu mais do sangue

optei por fazer licenciatura, dar aula em ceilandia, que era a realidade próxima que eu vivi, fui pra lá trabalhar com a galera nesse sentido,

pra mim tinha sempre esse sentido da militÂncia, como tem até hoje.

 

o gru… era esse grupo que minha irmã participava…

tinha o pessoal do sesi, que fazia teatro do sesi, a silvia ortoff ficou no sesi nos 70

 

o murilo ecarte, que é dos meus professores é remanescente desse grupo, dos 60, 70.

 

0300

aí, sim, era diferenciado. nós aqui, e a galera do plano.

a galera que organizava o movimento cabeça, o udigrudi que vinha pra periferia mas era da galera do centro… havia essa margem

mas me afetava muito pouco, pq eu não tinha contato com o esse pessoal de lá.

 

isso aqui ja me absorvia. tive na universidade.

depois que eu saí, eu tava muito mais interessado nessa organização, como ter suporte pra fazer o que eu fazia.

até romper com a sec da educação.

pedi afastamento, depois pedir demissão pra nunca mais voltar.

 

aí, quando a gente sai, eu chico, rose, nilsinho…

mas a gente sai como grupo camaleão.

 

0420

a gente fundou o grupo camaleão e saimos de brasília pq ninguém mais queria ficar vizinho do Collor. Eu não moro na mesma cidade… nem eu, então vamo embora.

 

aí a gente foi.

a gente montou um trabalho, o trabalho foi reformulado no meio do caminho…

foi uma experiência bem bacana.

 

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marechal boi de carro, que tem várias versões, rua, palco, palco rua.. com coro de menina lindas, meio coro…

aí começam a aparecer trabalhos individuais, como o palhçao do natinho, como o meu palhaço, como o trabalho do miqueias também…

essa coisa de entender que um coletivo tem que dar suporte, tem que suportar o coletivo, quando os individuos não são suportados pelo coletivo vira pipoca. pula fora da panela… e vai.

 

e vai… alguns já queriam dirigir…

mas havia um puto preconceito com quem vai estudar.

ah, vai estudar, automaticamente vira pequeno burgues.

excluido do grupo.

era um movimento machista, também.

 

eu tinha um professor de teatro que dizia que não tem espetáculo que … o pessoal não use fita crepe pra alguma coisa e viado pra comandar… ah, eu falei, já vi espetáculo só com hetero… alguém tá mentindo!!

 

essa realidade…

era machista, ainda.

por mais que fosse periferia, era machista.

havia um entendimento do que a gente fazia que precisa fazer,

e tinha um preconceito pra caralho com o que é ser burgues.

 

e não é que nem hoje que uma moçada da periferia se apropria, de uma forma mais política..

talvz como uma forma de definir uma identidade, mas uma identidade machista preconceituosa, querem abrir espaço, mas não abrindo nem aqui dentro (na cabeça)

 

aí, vinham algumas pessoas já chegavam e já batiam de cara PU.. ja virava pipoca, já não conseguia ficar. exatamente por essas questões.

 

é o caso da elisete, ta no movimento desde o inicio.. foi pra sao luiz…

nunca conseguiu sair do retalhos, nunca conseguiu trabalhar com boneco, e é uma puta duma artista, mas sempre vivendo nesse outro lado. e não suportando essa carga,

 

eu por exemplo, fazia vista grossa.

já tinha sido expulso, mas eu várias vezes já tinha sido expulso, e voltava…

meio no deboche, mas foda-se…

eu sou autonomo, faço arte pra me expressar.

 

0350

 

e na época,

a associação de artes e cultura, foi um espaço legal, porque fundiu outras almas inquietas que tavam meio escondidas, o pessoal da literatura, das plásticas, e rapidamente você o vê o pessoal que dialoga com todas as áreas ou aquelas que não abrem mão.

 

e aí, você uma oportunidade                           de troca, uma coisa cabulosa.

 

foi lindo quando a gente organizou uma passeata, muito legal.

 

aí, tava o adalto, um artista plástico, não sei por onde ele anda.

o omar franco, uma galera das artes plásticas… e você vai entendendo…que dentro das artes plásticas que tem que suportar os pintorzinhos…. de decoração

 

e aqueles que tavam quebrando padrão enquanto outros buscavam.

 

e nesse tempo todo, tem o projeto plateia, que dá origem a tudo isso.

 

era um projeto tocado pela secretaria de cultura que servia ao sistema, o sistema militar.

aquilo: todo corpo traz em si o germe que vai te quebrar. todo ovo traz em si o pinto q vai lhe quebrar.

 

e o projeto plateia acabou favorecendo que a gente tivesse acesso a algumas coisas, alguns cineclubes, organizações… e quando vc tem acesso à algo que mude sua cabeça… fudeu!

 

62

 

Ó, na satélite participei, não na cosntruçaõ do texto, mas nessa época, eu e a elisete, a gente já tinha espaço que era uma oficina, pra investigar esteticamente, plasticamente…

 

o marechal foi um espetáculo diverstidissimo. foi muito legal fazer.

a primeira formação, não foi das melhores pessoas pra fazer o qe tinha que fazer, nos melhores lugares…

depois foi mudando por necessidade.

 

e aí, eu lembro que rapidamente saiu do palco e foi pra rua.

e rua, é a grande escola.

num primeiro momento, a gente tentava reproduzir..

até a gente perceber que não era isso, a apropriação mesmo..

me lembro uma vez que a gente foi pra goiania, não sei se era um primeiro de maio,

e um dos meninos que faziam a Catirina amarelou…

eu falei, eu topo fazer, se puder fazer depois no teatro!

 

eu fazia o Mateus, que não é um palhaço Mateus como ve hoje, era dentro de uma dramaturgia…

 

e foi, a gente foi pra rua, e de repente a policia veio bacana HA

e ze regino descalço, corre pelas ruas de goiania, perdido, sem rumo, HAHAH

o que eu to fazendo aqui!

 

a ignorancia que protege!

e aí, quando a gente se reencontrou… por onde vocÊs andavam?

porra, fugindo!

porque não foi pra onde combinou? Não dava!!

como é que vc vai negar? cara pintada, vestido..

pernas pra que te quero…

 

e aí? cade a roupa pra colocar!

e não tinha nenhuma gag na mão pra brincar… hoje de boa, mas na época..

0430

e a grande discussão da época, de técnica versus emoção, inspiração…

que não deixa de ser uma visão superpreconceituosa em vários aspectos…

basta você conversar com um mestre da tradição que você vai ver o quanto de técnica tem naquilo.

e pensar enquanto uma técnica… e a gente tinha um movimento que acreditava que a gente seria o resultado do que a gente conseguisse bater no liquidificador e sair daquilo.

 

um caminho, que não seria nada disso com tudo isso junto, que mais tarde a gente ve com clareza que é o chico sciensce faz…

 

ah, mas voce tá querendo ser armorial… mas não é isso

 

era uma outra coisa, almas inquietas

e aí, voce encontra, pra fuder geral, com carlinhos babau e vc se desmonta diante da arte do sujeito.

 

e fala também isso!

tudo tem a ver!

e sei que alguns conseguiram processar e seguir adiante, outros não suportaram porque era muita coisa..

aí não vai pra lugar nenhum.

 

63

 

e a gente começa surgir uma bela referencia de nosso imaginário.

que na verdade é o que a gente vai conhecer na prática…

eu tive o privilégio de conhecer, eu fui trabalhar com o mamulengo sorriso

 

quando o chico tá pegando estrada a gente se cruza por lá, e vai até mestre solon,

aí convivi com outra realidade que confesso que não suportei

tipo de virar artista … os artistas que viravam artistas… não era comigo

 

eu já não me via nem naquilo que podia ser… tinha que criar outro caminho.

e tb não conseguia me ver naquele lugar só dessa tradição, que eu não suportava,

eu queria mexer com outra coisa.

 

engraçado, que nas artes cenicas de forma geral, certas obras, certas misturas.. é mais complexo.

parece que a música, digere… não to diminuindo…

 

mas eu já sentia galera que não sabia pra que lado correr.

 

hoje eu digo que o palhaço me colocou em outro lugar.

ter o meu palhaço, o zambele, …

e aí, o grande investimento foi quando sair com o camaleão, fazendo o palhaço mateus, revezando com o chico.

eu tinha um palhaço que era o Gico, que não falava, vinha de uma escola com um certo rigor… foi quando cruza geral e pipoca o Zambele.

foi inevitável, ser batizado pelo Chico e pela Rose, no momento… putx, não precisa fazer mais nada do que aquilo.

e um outro grau de discussão: pq eu não consigo dizer certas coisas com o boneco…

a gente começou a desenvolver o consciente artificial… aí, é um delirio… tem que ter muita ponta pra explciar isso… caraca… muito legal.

 

o que é ?

porque não posso viver, eu não, o boneco! quem manipula quem… e nessa hora, de brincadeira…

hj eu posso dizer com toda convicção, a gente descobriu o que nos dava prazer.

 

a gente descobriu a coragem de nos colocar nesse papel do ridiculo. e de mostrar isso com uma paixão, de coração aberto e brincar com dignidade.

tava no nosso discurso, tava tudo.

me lembro uma vez que a gente foi brincar em campinas, não lembro se era 1 de maio, uma das primeiras administrações petistas, a prefeitura tinha um projetão, naquele teatrão…

 

uma área enorme, e foi uma brincadeira que nem a gente tem dimensão de como entrava no coração das pessoas, e a gente fazendo com uma grande propriedade.

eu brincava fora da empanada, e chico e rose dentro…

mas como brincava como mateus, tinha uma certa limitação, no dia que eu descobri zambele, que eu descobri que meu incosciente era mineiro, tava longe de minas, aí, soltou um trem dentro de mim, ah, desembestado, louco…

eu comecei a brincar, improvisar, não parei mais…

0520

e ao mesmo tempo tinha que treinar a gaita, tinha que fazer a música o pandeiro, eu lembro que eu tava ouvindo o Natel, que é o carro que a gente tinha de campinas pra cá, e no meio do caminho Rose parou o carro…

sabe aquela cena de bagda café, que o cara para o carro no meio da estrada…

 

a rose, se voce não calar a boca, voce vai ficar aqui..

 

era uma coisa muito forte, muito lindo de riqueza, pra nós,

e ter que ir pra rua, fazer apresentação pra rodar chapéu pra tomar café da manhã…

ao mesmo tempo a galera da unicamp ficar encantado com aquilo, a gente fazer troca,

 

10 anos… era 92.

 

e tão até hoje.

eu não, sou muito alma de puta… vou ffuffffufuf…

 

01

 

funciona assim… vc joga essa informação no disquete… mas peraí, o que é disquet?

 

kakakak… vc tá velho pra caraio…

 

03

 

camaleao, como o nome, cada vez que faz um espetáculo é diferente.

o nilsonho… a gente fez na rua, precisou fazer pra palco.

 

a gente fez uma versão linda pro festival de piracicaba,…

 

foifoifoi… acabou voltando pra brincadeira do mamulengo.

 

eu fazia o chicomateus… o zémateus, e o chico fazia o chico mateus, pra diferenciar as brincadeiras…

o nilsinho fazia a frente de produção…

 

puts.. as vezes paro pra pensar, sem projeto sem nada, a gente ia… sobrevivia

 

as vezes passava na frente de uma escola e pensava, quantos reais tem brincando naquele páteo.

 

mas a gente ia, até pra velório… mas mantendo o nosso discurso, ideologia e isso já selecionava a clientela.

 

a gente vivia disso, .. e como as escolas precisava de um tempo de produção, a gente ia pra rua.

em campinas, a gente divivida… ocupou um espaço que era de camelos.

e os caras ficavam de canto de olho… o que é isso?

até que os caras descobriram que a gente não vende nada.

 

a gente vende isso, a brincadeira,

aí, começaram a aceitar a gente…

cara, eles passavam o dia no espaço, tem uma hierarquia…

sua forma de organizar…

vc abre sua roda, se vc quer manter aquilo, transformar em proifssão,

tem que ter constancia, funciona em qualquer lugar do mundo.

 

numa praça como aquela, a gente tinha um elemento diferente, a gente não é concorrente.

a gente faz nosso brinquedo, tem o tempo dele,  passa o chapéu e vaza.

 

0350

foi uma época que eu aprendi, assim… de mais.

pq eu que sou desafinado, não toco nada, tinha que fazer a música do espetáculo.. e fazer o mateus lá fora,

eu fazia a ponte, segurar o público, e o mamulengo vinha, preencher o intervalo, fazer o que faria um trio,

só que era eu sozinho.

aí, fui achando um jeito, e quando veio o zambelê, abri mão…

aí eu descobri que não era daquele jeito.

era outra coisa, rodar o chapeu.

 

em lugar de rodar o chapéu no final da brincadeira, a gente começou a rodar o chapéu a cada vez que a situação se complicava,

jogava isso pra platéia como forma de rodar chapéu.

 

tem que ir embora da fazenda, bora rodar o chapéu pra ajudar,

tem que ir pro hospital…

aí, rodava 4 vezes…

e no final, uai, ficou até aqui, já contribuiu não vai dar de novo?

0540

foi bem legal.

eu lembro que a gente fez um … foi contratado pra um festival em campinas,

lá na unicamp…

a gente já tava na cidade, topam?

não tem cachê, mas pode rodar chapéu?

pode! hahaha!

a gente ganfou o mesmo tanto que o povo do cachÊ

o povo ficou louco!

 

cara, rodei

pq na brincadeira, arrebentou o couro da zabumba, e no final, arrecadei pra repor o couro do tambor.

 

e a galera fazia feliz da vida.

quem dava 2, dava 5 reais, satisfeito.

foi minha grnade escola, chegar nisso, uma forma de sobrevivencia, pq teve dias que a gente rodava o chapéu pra café da manhã.

 

04

 

algodão, já conhecia ele menino, tal.

essa turma que ia pro carnaval, não era a turma que eu frequentava.

 

o que a gente fez foi trabalhar no estado de tocantins.

aí, dirigi pra televisão, fez váras coisas, outra frente de trabalho, ia apresentando na rua, fazendo a radio, e um dia eu fazendo a brincadeira,

 

o chico e a rose,

eu resolvo uma ideia brilhante, e eu papapa debochando da brincadeira, eu pego 2 sujeitos que abriram a cara pra ri,

eu descasquei em cima dos sujeitos,

e os caras rindo feliz da vida,

aí, eu subo atras e a galera toda de cara:

caralho!! vc sabia que aqueles caras são matador?

aé?

eu nã tinha noção do que eu tinha feito…

0140

e a gente continuou a brincadeira

 

e no final, o pessoal com cuidado, levando a gente pra onde tinha que ir, não deixar sozinho,preocupado,

era uma cidade portuaria… e essa galera toda, fica nsesse lugares, pq a galera pra quem eles trabalham não vai responder por eles. então tem que ter pra onde fugir, pelo rio.

 

e nós, num jantar, aparece os sujeitos, falam: quero falar contigo … hahahah

falo: não dá pros caras entrar aqui…

saí, entrei no outro boteco com os caras, tomei um cachaça e os caras conversar, ouvi lá umas conversas, e uma vontade de falar umas coisas com os caras, mas eles queriam me conhecer pq eu tinha feito uma brincadeira… mas eu sabia a quem o cara servia e pq eles tavam ali, mas eu nã ia jogar isso na cara daqueles sujeitos, e tomamos a cachaça, ruim da porra, mas tinha que segurar a onda, mas foi uma coisa que eu aprendi, seres humanos.com.br…

voltei pra continuar o jantar…. experiencia sensacional.

 

0400

o mamae taguá foi uma necessidade de ter um brinquedo, ah, vamos fazer uma boneca, fazer o mamae taguá, uma necessidade vontade de ter um bloco pra brncar.

 

nós, pra brincar…

era o primeira no do gov cristóvao. a gente fez isso rendeu…

mas não me sinto apegado..

um tempo a gente ficou cuidando, eu fiz pq era preciso fazer o boneco…

hoje sei lá quem brinca…

(ruidos de interferencia)

 

a ideia de fazer o boneco, era perto de umas imagens de origens da cidade, coisas que eu fui buscar nesse lugar,

na verdade, era uma puta velha, que representa a cidade de taguatinga, pra mim, eu vejo taguatinga assim, despreazada,  descuidada, a galera ganha dinheiro e vai gastar em outro lugar, um plano diretor que nunca foi respeitado.

ando em taguá e acho uma violencia atroz.

 

eu vindo pra cá, de metro, tive dificuldade de reconhecer.

acho muito violenta o que fazem com taguá,

espero que tenha um futuro mais digno, pq a qualidade de vida…tsc

 

levei um susto, quando eu vi já tava 2 anos morando fora, sempre morei aqui, e não sentia saudade.

pq não sinto essa saudade?

eu vinha visitar mamãe, e as vezes voltava sem conseguir estacionar.

 

é loco, maluco, quem tá aqui dentro não percebe, mas a violencia, o que faz com a cidade…

o grau de exploração, a gent esabe que quem ganha dinheiro aqui, não consome aquii, e

 

aí, ficou mamãe taguá pra disfacar, pra mim era uma putona velha.

 

05

(ruidos, interferencia)

voltando pra brasília, precisando de um espaço, eu aluguei um espaço que era um antigo madame buterfly, que era perfeito pra mim, na época, enfim, saiu barato, era um contrato de anos na família…

e aí ficou a sede do Celeiro.

 

e ag ente produziu muito, fez várias coisas até fazer mobidic, pq o celeiro sempre foi um grupo que foi pesquisa

camaleão também

anta, que tem que ser anta pra fazer teatro, persistente.

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essa transformação, e a gente se permite fazer, não tem apego a nenhuma linguagem nem dada, hojea  a gente trabalha com humor físico, mas quase como consequencia,

 

toda especulação, chegar no humor físico foi natural, do palhãço…

 

na medida que as coisas, pessoas vão saindo e chegando, os interesses vão mudando.

 

e a gente dentro desse espaço a gente desenvolveu várias coisas, principalmente projetos de educação comunitária, chegamos a ter 32 pessoas trabalhando, remunerada,

e depois as pessoas ficaram anos trabalhando, através do projeto

 

então, essa coisa de gerar trabalho, essa pegada…

acho que tem que ser a luta nossa, de sobrevivencia….

 

a gente senti que pessoas seguiram por esse caminho.

cada um construiu a sua forma

 

até chegar no momento que vamos expandir esse espaço… fomos atras da imobiliária, NAo, quero a sala de volta!

 

balllbalbabla

eles queriam manter o tempo fechado, e já tinham cedido pra igreja…

 

e a dona vera abrantes, amiga da gente fudendo com a cultura.

crédito no céu ela tem bem pouco.

traiu a gente bacana, enfiou a faca nas costas.

 

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chegou no momento em que não tinha pra onde ir.

o que fazer?

vamos invadir o teatro da praça.

aí, na discussão, vamos votar.

e fui voto vencido.

eu votei contra. por N coisas, primeiro que não ia resolver nosso problema.

 

se a gente tivesse invadindo um lugar que por direito poderia ser nosso, mas a gente invadiu pq não queria o teatro naquele estado.

queria que fosse reformado, então, não seria nosso.

 

então, fui contra pq seria um grande sacrificio, na verdade a gente chamava de ato de desobediencia civil, mas na verdade foi uma ato de irresponsabilidade civil.

 

pq a gente recebeu depois uma carta, me processando, era pra ter sido preso mesmo, pq durante 6 meses a gente colocou várias pessoas em risco.

pq quem tinha interditado lá, era a secretaria de segurança pública.

havia um risco de morte, de acidente.

então, todas aquelas pessoas ali passaram um risco, e o Estado foi posto em um estado de fragilidade por essas pessoas que desobdeceram.

e no caso, essa pessoa era eu!

que tinha votado contra… enfim.

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e a gente não sabia, mas qualquer acidente era indenização direta do estado.

não tínhamos dimensão.

 

esvaziamos o espaço antes disso, não demos conta.

natural, 6 meses…. de resistencia de de briga… tem uma hora que..

 

e a gente não podia apresenar nada ali dentro.

as propostas de fazer coisas fora, o coletivo não aceitava.

 

e aí, 2 meses depois, que a gente desocupa o espaço, veio essa carta, a sorte foi que o cristovão começou a campanha dele lá dentro, ele ganhou.

 

falou que não sabia se ia ou não sair candidato, vou conversar com esses jovens ideológicos, …. e deu no que deu.

que decepção da porra!

 

que eu possa envelhecer mas não perca esse senso de dignidade…

tem alguma coisa aí qeu eu nao entendi.

 

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aí, ele ganhou. e reformou o espaço.

e por sorte, eu fui à aquela advogada da secretaria, pra ver no que podia ajudar, e ele disse que era prioridade 1.

 

fizemos um dossie, provando que a gente tinha saído, não tinha acontecido nada, aí, chegou na 2a estancia, conseguimos com que o processo fosse arquivado…

 

e aí, começa uma nova fase do celeiro, são fases e fases… mas que também vejo o celeiro como fruto de todo esse processo, essa origem…

que é irmãos que se encontram, almas inquietas..

 

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olha…

ele tem tudo pra colocar

ainda não colocou.

mas se ele ficar nesse lugar da tradição, vai ficar nesse lugar.

tem que ter uma ação suficiente pra isso.

ta entendendo?

 

dentro desse recorte, o espaço que o mamulengo ocuparia hoje, tem outros lugares que as pessoas também ocupam dentro da universidade… disso aquilo outro.

 

eu não sei.

pra mim, ele, o mamulengo foi avassalador nas nossas vidas,

não posso negar.

 

hoje dizer que ele ocupa esse papel, eu tenho medo, acho que não.

acho qeu ele tá no lugar do exótico, como as pessoas insistem em colocar a cultura popular.

que é um lugar que não ajuda porra nenhuma.

aí, fica na preservação.

aí… preservação do que?

da forma de pensar?

do jeito de fazer?

é complexo.

 

mas eu sei da importância de ter esse lugar, mas não sei… complexo.

 

não to falando do reconhecimento, do patrimonio imaterial.. não é isso. isso tem que acontece.

mas não pode se colocar nesse lugar da tradição, que se justifique a discussão.

 

acho que se eu tivesse dentro, eu faria tudo pra tirar desse lugar.

 

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o que eu conheci de mamulengo antes de conhecer….

eu falo que a gente em brasília tá muito aquém.

eu acho que tinha que PAA

jogar essa moçada dentro do caldeirão

 

tão sempre domesticando esse lugar.

vc vai nos encontros, tipo sesc bonecos, tem os lugares onde coloca os mestres,   não é adequado, não é humano…

é igual edital>  pra que serve edital? pra vc reformular seu discurso.

 

quem é que escreve um projeto pra edital com discursooooo que é o espetáculo?

ninguém!

vc escreve o edital pra petrobras, pra outros… a primeira coisa que vc perde é seu discurso.

 

se tiver alguém esperto do lado, vc readapta.

senão, vai perder.

nem vai entender porque mas tá fazendo outra coisa qeu não é o que vc queria.

tem toda condição de fazer o que vc queria mas não faz.

 

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então, eu penso que a história do mamulengo tá acontecendo ainda, não consigo ver como passado.

é muito pouco.

pra mim, tá acontecendo…

 

vai depender do que esses herdeiros vão fazer com isso.

 

e aí, vc vai poder dizer… uauuu!

quanto tempo tem?

30 anos?

não é nada!

um peido.

 

nada, do que as pessoas sabem, do que tão fazendo…

 

vai lá dar uma olhada no mamulengo sorriso, vc vai tomar uma dimensão do ue eu to falando, tem boneco do inicio do século, que mamulengueiro hoje vai falar “isso não é mamulengo, isso é muito moderno!”

porra!

to falando de coisa que eu pude pegar na mão…

imaginar como o cara brincava.

ttem uma tecnologia, tem uma coisa, mas não pode ver o local da arte como um domador, como uma coisa domada.

ela não pode perder isso.

a inquietação, o descontentamento…

então, se essa galera que vier chegando, quando se descontentar, quando chtar o pau da barraca, ou resolver pra ser policamente incorreto, chupar o pau da barraca, pode por isso em outro lugar.

 

eu não acho qeu essa pacividade é tão boa.

eu sinto falta do atrito.

eu sinto falta do mamulengueiro questionar o machismo dele dentro da brincadeira.

pq é a mulher nesse papel?

 

eu to falando pq eu conheci mestres que… eu já tinha chupado o pau da barraca, a muito tempo.

 

mas pra tá nadando no momento atual, precisa abrir mão de porto seguro de coisas, não dá pra ficar reproduzindo apenas…

 

pq eu brincaria com um boi?

qual minha relação com um boi?

o que eu conheço?

de cachorro eu conheço.

de gato, eu saberia fazer um monte de coisas.